terça-feira, 25 de agosto de 2009

Prá você que venera a vaidade!


Quem somos nós?

Apesar de dominar o fogo.
Inventar a roda.
Criar raízes.

Apesar das grandes pirâmides.
Da muralha da China.
Das estátuas da Ilha de Páscoa.
Somos apenas homens.

Apesar dos grandes impérios.
Da crucificação de Cristo.
Do descobrimento dos 7 mares.

Apesar de destruir os mais fracos.
Extinguir florestas e animais.
Assassinar milhares de judeus.
Somos apenas homens.

Apesar de ter pisado na Lua.
Escolher o sexo de seu filho.
Manipular vírus e doenças.

Apesar de achar que somos únicos no universo infinito.
Que Deus não existe.
Ou que se é o próprio Deus.
Somos apenas homens.

Apenas pequenos grandes homens.
No nosso insaciável querer.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

De quem é o dia hoje? Parte II


Hoje acordei com cansaço...

Mas não foi por falta de dormir, foi mais pela movimentação da minha noite.

Muitos sonhos, incontáveis durante a noite toda... alguns pesadelos.

O dia estava iluminado por um sol lindo e quente. Sem o frio que

teimava em ficar dias atrás.

Mas a vontade de continuar um pouco mais na cama, luta de todas as manhãs, estava presente.

Longos planos para um dia curto.

Documentos a serem feitos, documentos a serem entregues, encontros com pessoas impontuais,

exames de rotina, carros que não pegam, caronas que não chegam.

O dia iluminado do começo da manhã, estava nublado.

De novo aquele cansaço...

Uma amiga que falta ao trabalho, a triste noticia de uma queda, uma fratura na coluna...

A ansiedade da visita e a tristeza de ver uma pessoa amada, numa situação de grande dor.

Anoitece pesadamente, noite de completa escuridão.

Noite de indagações, de questionamentos.

Problemas, egoísmo, falta de amor, felicidade, saúde, ingratidão...

Coração apertado, a solução que é incerta.

Hoje foi o dia do pesadelo...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Secos e molhados.


Sentada na praia a moça olha o horizonte.

Mas ele não está azul, pois é inverno e o sol não arde.

O mar vem subindo cada vez mais, mas a moça apenas observa.

Tem horas que fica tentada a entrar, mas ela se mantém imóvel, sabe que o mar é traiçoeiro...

Nova onda se forma,

Porém a onda não é tão nova assim, o vento que a traz é bem familiar.

Tem algo de diferente nela, a onda nunca vem da mesma forma.

Hora é branda, hora violenta e pode levar para o fundo.

A sensação que ela traz é bem conhecida.

No entanto a reação que provoca não se pode prever.

Depende do lugar em que a moça se encontra, se ela está distraída e seu pé pouco profundo.

Sentada na praia a moça olha o horizonte.

Mas ele não está azul, pois é inverno e o sol não arde.

Mar que banha tantas praias, é fonte de amores, sonhos e de lágrimas.

Alguns gostam da maresia, outros da boca salgada.

Nova onda se forma,

Porém a onda não é tão nova assim, o vento que a traz é bem familiar.

A onda desse mar conhecido, muda a cada partida, no entanto é a mesma de cada chegada.

Não é límpida, não é rara, é rica em histórias, restos e almas.

A sensação que ela traz é bem conhecida.

No entanto a reação que provoca não se pode prever.

Seu banho morno às vezes agrada e faz a moça levantar.

Mas moça, não vá ao fundo do mar, que a água fica fria de tempos em tempos.

Há ressaca e oscilação.

Ela não se importa.

A onda inundou seus pensamentos.

Ela irá se molhar.


sábado, 8 de agosto de 2009

A cada estação...


Está vendo aquele trem desgovernado?
Ele me chama de passageira comum.
Queria que tivesse medo de me perder,
De olhar para a minha estação
E não me ter em vista.
Mas sempre estou lá!
Solícita e resiliente.
Queria ser essencial para ele.
Uma passageira insubstituível.
Queria ser o maquinista.
No comando,
Eu fugiria dos trilhos,
Eu seria imprevisível,
Mas se estivesse eu, em meu caminho,
Me colocaria na área VIP.
Primeira classe.
Mas o trem não está em mim,
Eu não estou no trem,
E ninguém mais sabe
Onde é o fim da linha.
Nem mesmo a frustração,
Ou a revolta de quem o perdeu
São mais fortes que aPseudo-sensação de liberdade.
O trem acha que está livre,
Mas ainda se chocará,
E verá que é nessa estação
Que eu ainda quero embarcar...

By Duds.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Não reluziu...

Ao encerrar a paz,
Abraçou a tempestade.

Não teve canção de amor,
Não teve pista de dança.

A tempestade se confunde,
E acaba confundindo todo mundo.
Ela não pensa, só age.

Dá a impressão que precisa
Destruir a harmonia alheia,
Só pra suprir o desejo de conquista.

E a paz, sabe-se lá onde está.
Em mim, não reluziu.

By Duds.