sábado, 8 de agosto de 2009

A cada estação...


Está vendo aquele trem desgovernado?
Ele me chama de passageira comum.
Queria que tivesse medo de me perder,
De olhar para a minha estação
E não me ter em vista.
Mas sempre estou lá!
Solícita e resiliente.
Queria ser essencial para ele.
Uma passageira insubstituível.
Queria ser o maquinista.
No comando,
Eu fugiria dos trilhos,
Eu seria imprevisível,
Mas se estivesse eu, em meu caminho,
Me colocaria na área VIP.
Primeira classe.
Mas o trem não está em mim,
Eu não estou no trem,
E ninguém mais sabe
Onde é o fim da linha.
Nem mesmo a frustração,
Ou a revolta de quem o perdeu
São mais fortes que aPseudo-sensação de liberdade.
O trem acha que está livre,
Mas ainda se chocará,
E verá que é nessa estação
Que eu ainda quero embarcar...

By Duds.

Um comentário:

Sheila disse...

Que lindo, Flávia! Gostei muito.

Bjks.