quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Não puxe o fio!

De início um novelo de lã cru.
Que aos poucos começou a tomar forma e cor.
Os dias passam e mesmo que não se queira , os fios vão tomando forma própria.
Hora com aspecto belo, leve.
Hora se mostrando deformado e escuro.
Novelo e fio recebem toda atenção, eles se entrelaçam rápidos, com mãos ágeis e habilidosas.
De repente tudo pára, não se sabe onte está o ponto, perde-se o fio da meada. Mãos agora inseguras, fé que é questionada.
Mas é sabido, que a tecelagem tem que continuar.
Escolhas iniciadas, escolhas finalizadas, escolhas apenas iniciadas. Algumas realizarão e destinos se cruzarão.
Quantos sonhos serão malfeitos ou desfeitos, muitas vezes acompanhados por lágrimas ou até algum alivio?
Trabalho delicado, onde um erro desmancha toda beleza do acreditar.
Tênue equilibrio.
À minha frente, outro novelo de lã...

Um comentário:

Sheila disse...

Lindíssimo isso! É seu mesmo?